quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Sobre nosso posicionamento do Segundo Turno!!

NOTA PÚBLICA DO PSOL

O Partido Socialismo e Liberdade agradece a todos que
depositaram sua confiança na candidatura Paulo Sérgio e
nos nossos candidatos e candidatas a Câmara de Vereadores.
Reafirmamos a nossa luta pela construção de uma sociedade
socialista e reiteramos o compromisso com os movimentos
sociais e com a defesa dos direitos de nosso povo.

Em Canoas, a campanha foi dominada pela grande estrutura
financeira dos partidos tradicionais. Os materiais de
campanha de nossos oponentes mais pareciam peças
publicitárias de grandes redes e empresas. As ruas da
cidade nos últimos dias de campanha foram tomadas por cabos
eleitorais contratados. Nas comunidades foram oferecidos
programas públicos e serviços apresentados não como um
direito, mas como uma concessão de candidaturas.

O PSOL realizou com independência política e econômica
uma campanha militante. Contamos com a contribuição
voluntária de centenas de companheiros e companheiras que
dedicaram tempo e energia para defender nossas propostas nas
ruas, escolas e locais de trabalho. A campanha do PSOL foi
feita pelas nossas próprias mãos e todos os nossos
militantes sabem de onde veio cada centavo gasto.

Durante todo o período eleitoral denunciamos a forma de
financiamento das ricas campanhas de nossos adversários por
grandes empresas, bancos e empreiteiras. Igualmente
denunciamos os compromissos revelados pelas amplas
coligações. A história recente comprova que esses
compromissos definem a composição dos governos.

Jurandir Maciel integrou todos os últimos governos de
Canoas. O seu partido, PTB, tem quadros envolvidos em
falcatruas e representa a velha política fisiológica e
assistencialista. Recentemente mais uma denúncia foi
exposta demonstrando que na cidade de Canoas por mais de uma
década vinha funcionando um dos principais esquemas de
corrupção do estado.

O candidato Jairo Jorge representa a política que
incentiva na gestão pública os interesses da grande
burguesia industrial e agrária subordinando as políticas
de assistência e de extensão de direitos aos interesses
fiscais e ao modelo de desenvolvimento subordinado ao grande
capital.

Mais recentemente o acordo de preservação entre o PTB e o
PT em Brasília, já admitindo possíveis alianças
eleitorais ao nível federal e estadual, deixa evidente a
convergência das duas candidaturas na defesa de um mesmo
projeto de governo.


Decidimos não recomendar nenhum dos dois candidatos, pois
nenhuma das candidaturas representa uma transformação
efetiva para nossa cidade e ambas estão comprometidas com o
poder econômico.
No dia 26 vamos repetir o voto no 50, anulando nosso voto para protestar
contra a velha política.

Canoas, 15 de Outubro de 2008.
Partido Socialismo e Liberdade

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O Capitalismo atual, e a corrida desesperada para salva-lo!!!

Ótimo texto de Cesar Benjamin Boa leitura!

Karl Marx manda lembranças

yes

O que estamos vendo não é erro nem acidente. Mais uma vez, os Estados tentarão salvar o capitalismo da ação predatória dos capitalistas. Em meados do século 19, Karl Marx já havia revelado como este jogo se dá.

Por Cesar Benjamin, na Folha de São paulo

As economias modernas criaram um novo conceito de riqueza. Não se trata mais de dispor de valores de uso, mas de ampliar abstrações numéricas. Busca-se obter mais quantidade do mesmo, indefinidamente. A isso os economistas chamam "comportamento racional". Dizem coisas complicadas, pois a defesa de uma estupidez exige alguma sofisticação.

Quem refletiu mais profundamente sobre essa grande transformação foi Karl Marx. Para ler este artigo na íntegra, clique no "Leia Mais".

Em meados do século 19, Marx destacou três tendências da sociedade que então desabrochava: (a) ela seria compelida a aumentar incessantemente a massa de mercadorias, fosse pela maior capacidade de produzi-las, fosse pela transformação de mais bens, materiais ou simbólicos, em mercadoria; no limite, tudo seria transformado em mercadoria; (b) ela seria compelida a ampliar o espaço geográfico inserido no circuito mercantil, de modo que mais riquezas e mais populações dele participassem; no limite, esse espaço seria todo o planeta; (c) ela seria compelida a inventar sempre novos bens e novas necessidades; como as "necessidades do estômago" são poucas, esses novos bens e necessidades seriam, cada vez mais, bens e necessidades voltados à fantasia, que é ilimitada. Para aumentar a potência produtiva e expandir o espaço da acumulação, essa sociedade realizaria uma revolução técnica incessante. Para incluir o máximo de populações no processo mercantil, formaria um sistema-mundo. Para criar o homem portador daquelas novas necessidades em expansão, alteraria profundamente a cultura e as formas de sociabilidade. Nenhum obstáculo externo a deteria.

Havia, porém, obstáculos internos, que seriam, sucessivamente, superados e repostos. Pois, para valorizar-se, o capital precisa abandonar a sua forma preferencial, de riqueza abstrata, e passar pela produção, organizando o trabalho e encarnando-se transitoriamente em coisas e valores de uso. Só assim pode ressurgir ampliado, fechando o circuito. É um processo demorado e cheio de riscos. Muito melhor é acumular capital sem retirá-lo da condição de riqueza abstrata, fazendo o próprio dinheiro render mais dinheiro. Marx denominou D - D" essa forma de acumulação e viu que ela teria peso crescente. À medida que passasse a predominar, a instabilidade seria maior, pois a valorização sem trabalho é fictícia. E o potencial civilizatório do sistema começaria a esgotar-se: ao repudiar o trabalho e a atividade produtiva, ao afastar-se do mundo-da-vida, o impulso à acumulação não mais seria um agente organizador da sociedade.

Se não conseguisse se libertar dessa engrenagem, a humanidade correria sérios riscos, pois sua potência técnica estaria muito mais desenvolvida, mas desconectada de fins humanos. Dependendo de quais forças sociais predominassem, essa potência técnica expandida poderia ser colocada a serviço da civilização (abolindo-se os trabalhos cansativos, mecânicos e alienados, difundindo-se as atividades da cultura e do espírito) ou da barbárie (com o desemprego e a intensificação de conflitos). Maior o poder criativo, maior o poder destrutivo.

O que estamos vendo não é erro nem acidente. Ao vencer os adversários, o sistema pôde buscar a sua forma mais pura, mais plena e mais essencial, com ampla predominância da acumulação D - D". Abandonou as mediações de que necessitava no período anterior, quando contestações, internas e externas, o amarravam. Libertou-se. Floresceu. Os resultados estão aí. Mais uma vez, os Estados tentarão salvar o capitalismo da ação predatória dos capitalistas. Karl Marx manda lembranças.

* CESAR BENJAMIN, 53, editor da Editora Contraponto e doutor honoris causa da Universidade Bicentenária de Aragua (Venezuela), é autor de "Bom Combate" (Contraponto, 2006).

Fonte: Folha de S. Paulo

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ecossocialismo ou barbarie!!

Só fazendo a natureza nosso objetivo de vida poderemos sobreviver ao futuro auto-destrutivo do planeta!!

http://ecossocialismooubarbarie.blogspot.com/

quarta-feira, 16 de julho de 2008

A Natureza é VIVA!

28/04/2008 EDUARDO GALEANO

A natureza não é muda

O Equador está discutindo uma nova Constituição. Entre as propostas, abre-se a possibilidade de reconhecer, pela primeira vez na história, os direitos da natureza. Parece loucura querer que a natureza tenha direitos. Em compensação, parece normal que as grandes empresas dos EUA desfrutem de direitos humanos, conforme foi aprovado pela Suprema Corte, em 1886.

Eduardo Galeano - Brecha


O mundo pinta naturezas mortas, sucumbem os bosques naturais, derretem os pólos, o ar torna-se irrespirável e a água imprestável, plastificam- se as flores e a comida, e o céu e a terra ficam completamente loucos.

E, enquanto tudo isto acontece, um país latino-americano, o Equador, está discutindo uma nova Constituição. E nessa Constituição abre-se a possibilidade de reconhecer, pela primeira vez na história universal, os direitos da natureza.

A natureza tem muito a dizer, e já vai sendo hora de que nós, seus filhos, paremos de nos fingir de surdos. E talvez até Deus escute o chamado que soa saindo deste país andino, e acrescente o décimo primeiro mandamento, que ele esqueceu nas instruções que nos deu lá do monte Sinai: "Amarás a natureza, da qual fazes parte".

Um objeto que quer ser sujeito
Durante milhares de anos, quase todo o mundo teve direito de não ter direitos.

Nos fatos, não são poucos os que continuam sem direitos, mas pelo menos se reconhece, agora, o direito a tê-los; e isso é bastante mais do que um gesto de caridade dos senhores do mundo para consolo dos seus servos.

E a natureza? De certo modo, pode-se dizer que os direitos humanos abrangem a natureza, porque ela não é um cartão postal para ser olhado desde fora; mas bem sabe a natureza que até as melhores leis humanas tratam-na como objeto de propriedade, e nunca como sujeito de direito.

Reduzida a uma mera fonte de recursos naturais e bons negócios, ela pode ser legalmente maltratada, e até exterminada, sem que suas queixas sejam escutadas e sem que as normas jurídicas impeçam a impunidade dos criminosos. No máximo, no melhor dos casos, são as vítimas humanas que podem exigir uma indenização mais ou menos simbólica, e isso sempre depois que o mal já foi feito, mas as leis não evitam nem detêm os atentados contra a terra, a água ou o ar.

Parece estranho, não é? Isto de que a natureza tenha direitos... Uma loucura. Como se a natureza fosse pessoa! Em compensação, parece muito normal que as grandes empresas dos Estados Unidos desfrutem de direitos humanos. Em 1886, a Suprema Corte dos Estados Unidos, modelo da justiça universal, estendeu os direitos humanos às corporações privadas. A lei reconheceu para elas os mesmos direitos das pessoas: direito à vida, à livre expressão, à privacidade e a todo o resto, como se as empresas respirassem. Mais de 120 anos já se passaram e assim continua sendo. Ninguém fica estranhado com isso.

Gritos e sussurros
Nada há de estranho, nem de anormal, o projeto que quer incorporar os direitos da natureza à nova Constituição do Equador.

Este país sofreu numerosas devastações ao longo da sua história. Para citar apenas um exemplo, durante mais de um quarto de século, até 1992, a empresa petroleira Texaco vomitou impunemente 18 bilhões de galões de veneno sobre terras, rios e pessoas. Uma vez cumprida esta obra de beneficência na Amazônia equatoriana, a empresa nascida no Texas celebrou seu casamento com a Standard Oil. Nessa época, a Standard Oil, de Rockefeller, havia passado a se chamar Chevron e era dirigida por Condoleezza Rice. Depois, um oleoduto transportou Condoleezza até a Casa Branca, enquanto a família Chevron-Texaco continuava contaminando o mundo.

Mas as feridas abertas no corpo do Equador pela Texaco e outras empresas não são a única fonte de inspiração desta grande novidade jurídica que se tenta levar adiante. Além disso, e não é o menos importante, a reivindicação da natureza faz parte de um processo de recuperação das mais antigas tradições do Equador e de toda a América. Visa a que o Estado reconheça e garanta o direito de manter e regenerar os ciclos vitais naturais, e não é por acaso que a Assembléia Constituinte começou por identificar seus objetivos de renascimento nacional com o ideal de vida do sumak kausai. Isso significa, em língua quechua, vida harmoniosa: harmonia entre nós e harmonia com a natureza, que nos gera, nos alimenta e nos abriga e que tem vida própria, e valores próprios, para além de nós.

Essas tradições continuam miraculosamente vivas, apesar da pesada herança do racismo, que no Equador, como em toda a América, continua mutilando a realidade e a memória. E não são patrimônio apenas da sua numerosa população indígena, que soube perpetuá-las ao longo de cinco séculos de proibição e desprezo. Pertencem a todo o país, e ao mundo inteiro, estas vozes do passado que ajudam a adivinhar outro futuro possível.

Desde que a espada e a cruz desembarcaram em terras americanas, a conquista européia castigou a adoração da natureza, que era pecado de idolatria, com penas de açoite, forca ou fogo. A comunhão entre a natureza e o povo, costume pagão, foi abolida em nome de Deus e depois em nome da civilização. Em toda a América, e no mundo, continuamos pagando as conseqüências desse divorcio obrigatório.

Publicado originalmente no semanário Brecha, do Uruguai.

Os Valores do Governo Lula...

Enquanto a Dívida que não e minha nem sua está aumentando os investimentos com Educação, saúde, Habitação, Cultura e outras essenciais está sendo deixada de lado pelo governo, Vergonhoso!!

ALGUNS DADOS DA INJUSTIÇA ESTRUTURAL NO BRASIL


Frei Gilvander Moreira

De janeiro de 2007 a 2 de dezembro de 2007, o governo federal gastou R$ 222
bilhões com juros e amortizações das dívidas interna e externa. Para 2008,
estão previstos R$ 248 bilhões para o pagamento dos juros e amortizações da
dívida federal, enquanto apenas serão destinados R$ 48 bilhões para a saúde,
R$ 26 bilhões para a educação e R$ 5 bilhões para Reforma Agrária. Os R$ 248
bilhões previstos para a dívida em 2008 representam mais de 6 vezes a
arrecadação prevista da CPMF, caso não fosse derrubada pelo senado.

Apenas de janeiro a outubro de 2007, o prejuízo do Banco Central, decorrente
da política econômica neoliberal, que privilegia os investidores privados,
foi de R$ 58,5 bilhões, ou seja, o dobro da arrecadação da CPMF no mesmo
período. E quem cobre este prejuízo? O Tesouro Nacional, o mesmo que paga os
salários dos servidores públicos. (Dados da Auditoria Cidadã da Dívida).

Está escrito no projeto de Transposição do rio São Francisco (Cf. o
EIA-RIMA) que 70% das águas serão para o hidronegócio (carcinicultura,
criação de camarão e hortifrutigranjeiro s para exportação); 26% para uso
industrial e consumo urbano e apenas 4% para o povo do semi-árido. Isso é
dado técnico que o governo não tem como negar, pois está no projeto.

Os bancos recolhem por ano R$ 54 bilhões através de taxas de serviços, furto
disfarçado de lucro. A Lei Kandir isenta de ICMs (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços) todas as exportações agrícolas e primárias,
penalizando o povo e as contas públicas nos estados e municípios. Por
exemplo, o supermercado Quarteto, de Palmas/TO, compra abacaxi em outro
estado, no CEASA de Goiânia, sendo que ao lado do município de Palmas está
uma das maiores produções de abacaxi do Brasil, mas os grandes produtores
preferem exportar, pois ganham mais com a isenção propiciada pela Lei
Kandir. O povo de Palmas, assim, paga muito mais caro pelo abacaxi que se
transforma, de fato, "em um abacaxi". Se ficasse no Brasil o ICMs sobre 14%
das exportações brasileiras, oriundo dos produtos agrícolas e primários
exportados, não seria necessário CPMF, nem IOF, nem CSSL.

Plínio de Arruda Sampaio, ao analisar a conjuntura atual na qual se deu a
greve de fome de Dom Cappio, alerta: "O processo em marcha consiste na perda
acelerada do controle nacional sobre a economia; na perda, também acelerada,
dos valores culturais que fundamentam o sentimento de identidade nacional;
na deterioração, igualmente acelerada, do meio ambiente; e, para culminar,
na esgarçadura do tecido moral do estado. Estamos em uma conjuntura
dramática. Eis alguns indícios: a situação das populações periféricas nas
médias e grandes cidades, sujeitas a viver em meio à guerra aberta entre as
polícias corruptas e o crime organizado? Que dizer do tratamento dado aos
presos; do descalabro em que se encontra a maioria dos hospitais e do
abandono das escolas públicas? A corrupção que levou quase todo o primeiro
escalão do governo a ser denunciado pelo Ministério Público não configura
uma dramática deterioração moral do estado? No tocante à reforma agrária e à
agricultura camponesa, o governo fez ainda pior: reduziu os insuficientes
aportes que havia inicialmente alocado e passou a estimular o maior
adversário da população rural: o agronegócio. Com isso, procura conseguir
grandes saldos na balança comercial de modo a favorecer a entrada de capital
estrangeiro no país."

Em 2007, o total de terras desapropriadas para fins de Reforma Agrária foi
pífio: apenas 107 mil hectares. Um levantamento do INCRA mostra que 445
imóveis em processo de desapropriação estavam sob óbice judicial no fim de
2007. Concentram-se nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste e somam 903 mil
hectares, suficiente para assentar mais de 30 mil famílias.

Estima-se que existam 170 milhões de hectares de área pública ("terras
devolutas") grilada no País, problema mais severo na Região Norte, mas
também presente em estados como Mato Grosso. Um exemplo é a Usina Pantanal
de Açúcar e Álcool, que ocupa 8,2 mil hectares da União. O empresário Mounir
Naoum, dono de um grupo hoteleiro, reivindica a propriedade. Desde 2003, o
Incra tenta retomar a área. Em dezembro, o Tribunal Regional Federal (TRF)
de Brasília cassou a liminar que dava posse à União. Próximo à área, 220
famílias de Sem Terra esperam assentamento.

Dados preliminares do Censo de 2006 (do IBGE) indicam que há 76,7 milhões de
hectares de áreas de lavouras e 172 milhões de hectares de pastagens no
Brasil.

Em tempo, se você souber de informações que o povo precisa saber que não
aparece na Mídia, favor comunicar-nos para que o colírio da verdade recupere
a visão de muita gente que foi cegada pela cortina fé fumaça produzida por
uma sociedade capitalista engrenada para oprimir.

Belo Horizonte, 07/02/2008.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Software livre!! por que não investir!!

Mari Almeida examina o debate venezuelano sobre o uso do software livre versus o software proprietário na administração pública.

"Cada software proprietário na administração pública é um cavalo de Tróia”. A frase foi dita pelo presidente do Centro Nacional de Tecnologias de Informação (CNTI) da Venezuela, Carlos Figueira. Para ele, o software livre é “uma necessidade para alcançar soberania e independência tecnológica” — desafio constante para a Venezuela, dada a sua posição em relação aos EUA.

Coisa da esquerda bolivariana? Sim, mas não só. Corre na internet o rumor de que Barack Obama, candidato democrata à presidência dos EUA, adotaria o OpenOffice (conjunto de aplicativos livres para escritório) na administração federal, caso eleito.

No Brasil, ao contrário, disputas com o Ministério do Desenvolvimento (e com o lobby da Microsoft, segundo Elio Gaspari) tiraram Sérgio Amadeu do governo em 2005, e diminuíram ainda mais as chances da implementação de uma política mais ampla e formal de software livre na administração pública.


Apesar da boa fama do Brasil nesse sentido, e embora realmente existam vários exemplos de uso avançado de software livre em estatais e determinados órgãos do governo, é certo também que ainda caminhamos a passos lentos.

É necessário enfrentar os muitos interesses contrários, e instituir políticas públicas mais gerais, que ampliem a adoção do software livre na administração pública, bem como o desenvolvimento de software livre pela comunidade. Se o governo ainda paga uma dinheirama em licenças de software proprietário, porque não passar a investir ao menos parte desse dinheiro em desenvolvimento de software livre?

Leia abaixo um trecho do artigo mencionando a política venezuelana. (O original completo, em espanhol, você encontra aqui.)

Com um chamado aos diretores de informática das instituições do Estado para internalizar a implementação de Software Livre como uma necessidade para alcançar soberania e independência tecnológica, o presidente do Centro Nacional de Tecnologias de Informação (CNTI), Carlos Figueira, deu início à jornada “Adoção de Tecnologias Livres na Administração Pública Nacional”. Esse encontro durará três dias, e participarão representantes dos diversos ministérios do Executivo Nacional e a Procuradoria Geral da República

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Partido Socialismo e Liberdade


Comissão Executiva


Presidente
Marco Aurélio de Oliveira Filho


Vice-Presidente
Alexandre Eusebio Peres


1º Tesoureiro
Maria Helena Gomes de Andrade


Secretário-Geral
Elfrído Bergmann

Nota Pública contra a corrupção em Canoas

O Partido Socialismo e Liberdade – PSOL – manifesta à população canoense seu repúdio à corrupção na cidade de Canoas dentro de nossa Prefeitura. Não é normal os principais cargos políticos da cidade serem ocupados por pessoas conhecidas como corruptas por toda a população da cidade há anos e não acontecer nada. Não é normal uma cidade do tamanho e da importância de Canoas passar a vida sofrendo nas mãos de políticos corruptos que só representam os ricos em uma cidade de grande exclusão social, pobreza, falta de moradia, saúde pública e transporte público muito deficientes.
Você que é pai, mãe ou responsável por crianças matriculadas nas escolas municipais está satisfeito com a falta de merendas? Você que não possui sua habitação regularizada e que não possui uma moradia decente para sua família está satisfeito com o envolvimento de governantes da cidade em desvios de verbas públicas como há anos é comum saber aqui em Canoas? Você está satisfeito com a situação que está acontecendo com seus filhos, filhas e parentes em escolas da rede pública estadual que estão precárias, com falta de merendas, funcionários e professores, assim como o envolvimento de políticos do atual governo municipal com o escândalo do DETRAN? Você sabia que o prefeito Ronchetti é do mesmo partido político da governadora Yeda e do corrupto ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso?
Nós não estamos satisfeitos com nada disso e nos manifestamos contra tudo isso! Entendemos que o capitalismo que explora e oprime nossa cidade faz da corrupção uma de suas principais formas de explorar o povo canoense. Entendemos que não existe capitalismo sem existir corrupção, pois a irracional busca pelo lucro e pela riqueza na sociedade capitalista é mais forte do que qualquer ética e até do que a própria vida humana.
Nossa força está na união do povo e em sua organização contra os que lhe exploram e oprimem. Repudiamos o envolvimento do prefeito e do secretário de governo em tais eventos de corrupção que só contribuem para piorar a vida da população de Canoas e em nada contribuem para a construção plena da cidadania e conscientização política do povo canoense.
A Prefeitura de Canoas não deve ser utilizada para enganar e iludir os canoenses e as canoenses.

Conferência Eleitoral Municipal do PSOL Canoas-RS
28 de junho de 2008

domingo, 27 de abril de 2008

Até quando esperar?



Não é nossa culpa Nascemos já com uma bênção Mas isso não é desculpa Pela má distribuição Com tanta riqueza por aí, onde é que está Cadê sua fração Até quando esperar E cadê a esmola que nós damos Sem perceber que aquele abençoado Poderia ter sido você Com tanta riqueza por aí, onde é que está Cadê sua fração Até quando esperar a plebe ajoelhar Esperando a ajuda de Deus Posso Vigiar teu carro Te pedir trocados Engraxar seus sapatos Posso Vigiar teu carro Te pedir trocados Engraxar seus sapatos Sei Não é nossa culpa Nascemos já com uma bênção Mas isso não é desculpa Pela má distribuição Com tanta riqueza por aí, onde é que está Cadê sua fração Até quando esperar A plebe ajoelhar Esperando a ajuda do divino Deus

sábado, 15 de março de 2008

Momento político

Kid Goela Grande

Na Prefeitura da cidade do faz de Conta, a sala de espera do gabinete de Kid Goela Grande estava lotada. Às vésperas de eleição, muita gente pedindo muita coisa. Pela porta dos fundos ingressavam candidatos, com seus tradicionais pedidos. Kid convocou Seu Cimento para organizar o marketing da campanha:
- O que é que faço com tanta gente pedindo? Esse povo quer aproveitar a fase da eleição para pedir telha, caminhão de areia, material de construção, isenção de impostos, local para instalar carrinho de cachorro-quente, banca de revista, regularizar prédio irregular e até alguns pedindo dinheiro vivo.
- Não te preocupa Kid, isto é normal. O que tu tens que fazer é melhorar o caixa das “contribuições espontâneas”. Não sei como vais fazer, mas precisas ter em caixa uns 5 milhões, em dinheiro vivo, para ir resolvendo esses problemas. Mas é importante que resolvas só a metade de cada pedido, o resto só depois da eleição completa. Assegurou inteligentemente Seu Cimento.
- Mas como faço isso?
- Se pedem uma casa, dá-lhes, por escrito, a promessa de que vai fazê-la. Se pedem uma construção, faça até o telhado, e diga que vai completar depois da eleição. Carro de cachorro-quente, com licença temporária até a eleição. Emprego com contrato temporário até a eleição. Ou seja, quem pede, tem que saber que só vai levar plenamente se a gente ganhar a eleição. Diga na cara deles, se a gente perder, vocês também perdem.
Na sala de espera uma senhora especializada em morder candidato ensinava os outros 35 pedintes.
- Vamos pedir e agarrar o que derem. Claro que eles vão vincular o atendimento ao resultado da eleição. Mas aí a gente aplica o velho truque:
Vamos pegar o que puder.
E votar em quem quiser.
Nesse momento, o Aproveitador passava, ouviu a conversa, e delatou à Kid.
- Eles estão muito vivos, vão se aproveitar, na verdade vão roubar da gente e pelo que estou vendo, vão votar nos outros.
- Pode ser verdade, mas temos que acreditar, porque esse é um jogo perigoso. Se a gente dá alguma coisa, eles ficam quietos, se não dermos, eles saem berrando.
Todos os 36 foram atendidos. Meia hora depois, os mesmos pedintes, estavam na sala de espera de um candidato a vereador, que atendeu os pedidos e saiu dizendo:
- Vou me eleger, só hoje atendi 36 pessoas, que me darão, no mínimo, 360 votos. O meu problema é que agora vou ter que ir lá no Kid dar uma mordidinha de 40 mil para cobrir os cheques que entreguei aqui.
No outro lado da cidade, um conhecido puxa-saco ingressava no salão do clube, onde Zé Desaparecido jogava um carteado com uns amigos:
- Vi que estavas aqui, pois o carro da Prefeitura, com motorista e os seguranças, está escondidinho lá nos fundos do clube. Quero te avisar que ouvi agora na rádio que aqueles teus amigos foram todos denunciados no escândalo dos automóveis. Pegaram todos, até aqueles que seguravam tuas broncas. Corre o boato que as investigações desse escândalo, vão chegar em você. Até aqueles jornalistas que tu patrocinas, já estão falando mal de ti.
Entre uma jogada de carta, uma baforada de cigarro, e um uísque amigo, Zé desaparecido saiu dizendo:
- Todo dia notícia ruim. É só pepino. É gente que só quer prejudicar os outros. A pouco recebi um telefonema, da minha amada X9, irritada porque estão fotografando a casinha que estou fazendo para ela. Uma casa humilde, de 700m2. Como tem gente invejosa e ciumenta que fala mal e cria problema nesse mundo. Falando em problema, vou ligar para meu amigo fiel KID goela grande.
- Alô, prefeito, pode ficar tranqüilo, já está tudo resolvido.
- Mas tu não deixaste nem eu falar Kid, e já está me dando a resposta.
- Já está tudo resolvido, as testemunhas desapareceram, as delações premiadas serão reprimidas e mudadas e os nossos jornalistas já estão todos novamente no esquema. Fica tranqüilo , aqui nesse nosso mundinho, tudo é de brinquedo e só está na cadeia ladrão de galinha, tchau.
KID desligou o telefone e soltou sua sonora gargalhada:
- Kuá kuá kuá... vai demorar muito até eles pegarem o e os outros, mas em mim, nunca chegarão. Eu sou o Kid, o que bate e esconde a mão.
Qualquer semelhanças com fatos, dados, nomes ou pessoas conhecidas, é simplesmente, mera coincidência.(fonte www.otimoneiro.com.br)

domingo, 2 de março de 2008

...

“Vai ser preciso muito mais pra me fazer recuar
Minha auto-estima não é fácil de abaixar
Olhos abertos fixados no céu
Perguntando a Deus qual será o meu papel.
Fechar a boca e não expor meus pensamentos
Com receio que eles possam causar constrangimentos
Será que é isso? Não cumprir compromisso
Abaixar a cabeça e se manter omisso.
A hipocrisia, a demagogia se entregue à orgia
Sem ideologia, a maioria fala de amor no singular
Se eu falo de amor é de uma forma inocular
Quem não tem amor pelo povo brasileiro
Não me representa aqui nem no estrangeiro
Uma das piores distribuições de renda
Antes de morrer, talvez você entenda

Confesso para ti que é difícil de entender
No país do carnaval o povo nem tem o que comer
Ser artista, Pop Star, pra mim é pouco
Não sou nada disso, sou apenas mais um louco
Clamando por justiça, igualdade racial
Preto, pobre é parecido mas não é igual
É natural o que fazem no senado
Quem engana o povo simplesmente renúncia o cargo
Não é caçado, abre mão do seu mandato
Nas próximas eleições bota a cara como canditado
Povo sem memória, caso esquecido
Não foi assim comigo, fiquei como bandido
Se quiser reclamar de mim, que reclame
Mas fale das novelas e dos filmes do Van Dame
Quem vive no Brasil, no programa do Gugu
Rebolo, vacilou, agachou e mostrou
Volta pra América e avisa pra Madona
Que aqui não tem censura meu pais é uma zona
Não tem dono, não tem dona, nosso povo ta em coma
erga sua cabeça que a verdade vem à tona.
Soldado da guerra a favor da justiça
Igualdade por aqui é coisa fictícia
Você ri da minha roupa, ri do meu cabelo
Mas tenta me imitar se olhando no espelho
Preconceito sem conceito que apodrece a nação
Filhos do descaso mesmo pós – abolição
Mais de 500 anos de angustia e sofrimentos
Me acorrentaram, mas não meus pensamentos
Me fale quem... Quem!?
Tem o poder... Quem!?
Pra condenar... Quem!?
Pra censurar... Alguém!?
Então me diga o que causa mais estragos
100 gramas de maconha ou um maço de cigarros?
O povo rebelado ou polícia na favela?
A música do Bill ou a próxima novela?
Na tela, seqüela, no poder corrupção
Entramos pela porta de serviço
Nossa grana não
Tapão ... só pra quem manda bater
Pisando nos humildes e fazendo nosso bonde crescer (CV)
MST, CUT, UNE, CUFA (PCC)
O mundo se organiza, cada um a sua maneira
Continuam ironizando
Vendo como brincadeira, besteira
Coisa de moleque revoltado
Ninguém mais quer ser boneco
Ninguém mais quer ser controlado
Vigiado, programado, calado, ameaçado
Se for filho de bacana o caso é abafado
A gente é que é caçado, tratados como Réu
As armas que eu uso é microfone, caneta e papel
A socialite assiste a tudo calada
Salve ! Salve ! Salve!
Oh ! pátria amada, mãe gentil
Poderosos do Brasil
Que distribuem para as crianças cocaína e fuzil
Me calar, me censurar porque não pode fala nada
É como se fosse o rabo sujo falando da bunda mal lavada
Sem investimento, no esquecimento, explode o pensamento
Mais um homem violento
Que pega no canhão e age inconseqüente
Eu pego o microfone com discurso contundente
Que te assusta uma atitude brusca
Dignificando e brigando por uma vida justa
Fui transformado no bandido do milênio
O sensacionalismo por aqui merece um premio
Eu tava armado mas não sou da sua laia
Quem é mais bandido? Beira mar ou Sérgio Naya?
Quem será que irá responder
Governador, Senador, Prefeito, Ministro ou você?
Que é caçado e sempre paga o pato
Erga sua cabeça pra não ser decepado
Como pode ser tragédia a morte de um artista
E a morte de milhões, apenas uma estatística ?
Fato realista de dentro do Brasil
Você que chorava lá no gueto ninguém te viu
Sem fantasiar realidade dói
Segregação, menosprezo é o que destrói
A maioria é esquecida no barraco
Que ainda é algemado, extorquido e assassinado
Não é moda quem pensa incomoda
não morre pela droga, não vira massa de manobra
Não idolatro a mauricinho de Tv, não deixa se envolver
Porque tem proceder Pra que? Porque?
Só tem paquita loira, aqui não tem preta como apresentadora
Novela de escravo a emissora gosta mostra os pretos
Chibatadas pelas costas
Faz confusão na cabeça de um moleque que não gosta de escola
E admira uma intra-tek Clik – clek Mão na cabeça
Quando for roubar dinheiro público
Vê se não se esqueça
que na sua conta tem a honra de um homem envergonhado
Ao ter que ver sua família passando fome
Ordem e progresso e perdão
Na terra onde quem rouba muito não tem punição

É! Mantenho minha cabeça em pé!
Fale o que quiser pode vir que já é!
Junto com a ralé Sem dar marcha ré!
Só Deus pode me julgar por isso eu vou na fé !”

Só Deus Pode Me Julgar

Mv Bill

domingo, 3 de fevereiro de 2008



Analisando o pensamento de Marx, percebo que sua tese se concretiza a cada dia que passa, num ritmo acelerado e em grande proporção, a sociedade divide-se em duas grandes classes, assim como Marx previu, o método de produção asiático, tão temido, na antiguidade, tomou conta do mundo moderno, ainda existem algumas classes intermediárias que resistem de maneira inútil.

Estamos à beira da grande revolução descrita por Marx, no Brasil, por exemplo, 90% da população é controlada pelos 10%, de ladrões, corruptos, demagogos e bandidos que detém o poder neste país, que insistem em querer dizer-se inocentes, se escondendo atrás de algo ou de alguém, são homens o bastante para prometer, mas na hora de cumprir não sabem onde se esconder de vergonha, acabam se juntando a maioria dos corruptos.

Esta guerra não demorará muito para acontecer, escuto cada vez mais as pessoas demonstrarem sua insatisfação e buscarem seus direitos, deixando de ter medo da justiça, a justiça serve para dar a cada um, o que é seu de direito, conforme diz a lei.

O crescimento das grandes indústrias e a modernização dos maquinários usados nas grandes fábricas, substituindo cada vez mais a mão de obra humana, existindo cada vez menos vagas no mercado de trabalho e exigindo-se cada vez mais qualificação para ocupar cargos subalternos e com salários miseráveis, empresas que contratam pessoas pensando que são escravos.